Terminou ontem a 6ª edição do Fórum das Letras com curadoria de Guiomar de Grammont. Segundo as notícias*, o evento realizado pela Universidade Federal de Ouro Preto(Ufop) confirma-se como um acontecimento literário prestigiado por escritores e público. Estima-se um aumento de 50% no público presente. Estudantes de jornalismo e de letras participaram dos debates e escritores brasileiros e africanos marcaram presença nas mesas-redondas, alguns mais calorosos com o público, como o cabo-verdiano Felinto Elísio. O Fórum homenageou a África de língua portuguesa.
João Ubaldo Ribeiro*, indagado sobre o interesse no exterior pela literatura brasileira, respondeu: "Nunca escrevi um livro pensando que poderia ser traduzido, embora isso tenha ocorrido. Já perdi a ilusão em relação a isso. Nos países europeus, infelizmente, o que as pessoas ainda querem em relação ao Brasil são as coisas ditas exóticas, praia, samba, futebol. A Amazônia também está na pauta. Da tradução dos meus livros por lá, o que mais gosto é quando me pagam adiantamento."
Adélia Prado também participou de mesa-redonda ao lado do jornalista e escritor Edney Silvestre, premiado com o Jabuti 2010 pelo romance Se eu fechar os olhos agora. Adélia contou como foi o seu processo de se tornar escritora. Ela recebeu críticas e rótulos no início da carreira, mas não desistiu - para a nossa sorte. Confessou* que ainda escreve a mão e disse que "a literatura é como a vida, com afetos e experiências primárias, como comer, dormir e amar. 'Quem não aceita essa realidade não pode escrever poesia'."
*Fonte: Em Cultura, p.5, 13/11/2010; p.5, 15/11/2010, cobertura de Carlos Herculano Lopes. Estado de Minas.
Mais: Site do Fórum das Letras
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