Muitos detestam esta data.
Alguns se inspiram nos natais de outros tempos e ficam mais
afetuosos do que já são. Doam-se em lembrancinhas. Em bilhetinhos. Em
cartinhas. Em SMS. Em beijinhos.
Outros quase viram manteiga derretida. Choram de saudade.
Choram de alegria. Choram o choro silenciado durante o ano.
Muitos aproveitam as luzes natalinas pra prestar atenção em quem
esteve presente, ainda que distante, nos momentos mais chatos. Alguém que não
desistiu da gente quando a gente mesma não se aguentava mais.
E há quem não ligue para o dia 24 de dezembro porque esta
data é só mais um dia de Natal – será?
Também há quem deseje que este dia desapareça do calendário
– confesso que eu embora goste do Natal rogo praga quando caio num
engarrafamento de dezembro! Ninguém é mesmo perfeito, não é? E nesta época
defeitos são de menos.
Seja como for, é tempo de Natal.
Tempo de dourado, vermelho e verde. Tempo de enfeitar a
casa. De tocar em objetos que nos trazem de volta o sorriso de alguém
que já se foi. Tempo de viver o Natal que se tem pra viver. Como a vida. Com
edição caprichada dos melhores e piores momentos. Tempo de brindar o encontro. De
partilhar o afeto que sobrevive a uma vida corrida demais. Tempo de sonhar. De
suspirar pelo presente que pode ser diferente – por que não? Tempo de sabores.
De revisitar amores vividos, mas não esgotados. Como diz aquela
canção: “amores serão sempre amáveis”. Tempo de desejar. De sentir novamente na
boca o gosto infantil das promessas. Tempo de parar. De não ter mais
expectativas porque chegou o Natal. Mais um. Mais outro. Que seja.
É tempo do verde, do vermelho e do dourado.
***
Meus votos de um ótimo Natal a todos!
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