quarta-feira, 20 de junho de 2012

BURACO NA AGULHA












de vez em quando
vez em vez
quando se deixa ver, às vezes
se pode vê-la, raras vezes
se pode tocá-la de alguma maneira
quando se sente sua presença
em torno de tudo ou de nada
vez por outra
simplesmente no ar, desenviesada
por vezes de graça
a exigir uma boa acolhida
mesmo sem ter algo em vista, pois
decerto é uma pista;
a leveza que vem de dentro
ainda que a alma não seja leve
pode ser (que seja)
amor
- ou seu prenúncio – incerto
calor no inverno
vez ou outra


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Viviane Campos Moreira
Publicado no videbloguinho
Também publicado na revista Mucury n. 9

*Peça de Ma Ferreira – Blog.

Mais: SINOS DO POENTE



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